O tempo
É estrada infinita.
A estrada não passa.
O viajante passa por ela.
Ela indiferente.
Ele a perquirí-la.
Percorre o poeta os vagões do trem-bala,
Percorre o poeta os vagões do trem-vida.
E não acha no trem redondilha pra bala,
E não acha na bala a rima pra vida.
Lançando-se então, o poeta sedento
Se joga na trilha do trilho do tempo.
E logo o trem-vida, que não tem guarida,
Encrava-lhe a bala, curando a ferida.
domingo, 3 de maio de 2009
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