Eu piso torto.
E agora meu sapato gastou de um lado.
A noite, na estrada, chegando na cidade:
Um monte de luzes de caixa de supermercado
Pedem ajuda.
É a hora de sair de casa.
Sou uma espiral, mãe.
Uma casca de laranja
Que espirra veneno e poesia.
Seria bom se minhas memórias
Pudessem ficar no guarda-roupa.
Mas acho que tenho que levar tudo, não?
E levo até o guarda-chuva.
Vi um homem cantando uma canção,
Sobre sair de casa, mãe,
E ele dizia para você deixar seus medos.
Mas um dia desses passo aí, tiro minhas botas
E tomo um café com leite em sua cozinha.
E depois te espero em casa.
Quando você chegar abro um sorriso.
E tomamos um café que eu mesmo fiz.
sábado, 23 de maio de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário